Descrição


A ciência afirma através de estudos que 40% de nosso DNA tem propensão a crença.
O Psicólogo americano. Michael Shermer, Ph.D. em história da ciência, mostra um exemplo simples. Há três milhões de anos, lá na África, um de nossos ancestrais hominídio está caminhando em uma trilha cercada de arbustos, de repente ouve um barulho no mato: pode ser o vento, mas também pode ser um bicho pronto para o bote. O hominídio se apega a segunda probabilidade e corre. Mesmo que tivesse sido um engano e não houvesse fera nenhuma, fosse apenas o vento, ele cometeu um engano mas continua vivo. Se tivesse atribuído o barulho ao vento e houvesse uma fera, ele teria sido atacado e devorado. Outro animal ao passar pela moita, e ali nada houvesse, não correria mas estaria dotado de audição e faro apurados que o fariam distinguir ou não, o perigo. O hominídio tinha como seu mecanismo de defesa apenas  a prevenção e foi ela que o acompanhou durante toda sua evolução. Essa prevenção, em sua mente se desenvolveu como a crença em uma força superior que o alertava em momentos de perigo. A seleção natural da evolução beneficia aos propensos a crença. O neurocientista Ricardo de Oliveira do Instituto D"Or de pesquisa e ensino, afirma que há em nos uma vocação a crença por 40% de nosso DNA e o restante dessa vocação é influenciado pelo meio social em que vivemos. Temos nosso convívio social quase que totalmente influenciado pelos valores morais religiosos, desde nossas origens. Por mais cético que alguém  afirme ser, sempre carrega em seu bolso ou guarda em sua casa, algum talismã ou acha alguns traços de sua personalidade, em seu signo. Dessa forma, lá no fundo acreditamos no sobrenatural e consequentemente, em algum Deus.


Há cerca de duzentos mil anos atrás, na África, o Homo sapiens único animal sobre a Terra dotada de raciocínio abstrato, a linguagem, a introspecção e a resolução de problemas. Para sobreviver em um mundo selvagem, cercado de feras. Precisando se alimentar e se abrigar, dotado de uma capacidade física bem limitada diante do mundo que o rodeava, vivia em grupos e dependendo das ações coletivas e de sua inteligência. A concepção das coisas, formar seus próprios conceitos sobre como fazer da forma mais segura e fácil. Cada indivíduo, observando a natureza que o cercava, com curiosidade, observação, formando um conceito e depois pondo em prática a sua conclusão, nem sempre acertando, mas sempre tentando. Dessa forma criava uma ferramenta que servia de exemplo ao grupo e passavam a usá-la. Outro membro do grupo, observando o manejo da ferramenta e algumas características que poderiam se adicionadas para um melhor desempenho, formava seu próprio conceito e aprimorava. Foi assim durante milênios, nas invenções e descobertas. Movido por uma dificuldade ou simplesmente pela curiosidade, estudou o problema, tentou entendê-lo, formou um conceito e fez a experiência. Obteve sucesso e compartilhou com o grupo botando em prática. Mais tarde outro indivíduo estudou o conceito anterior e através de um novo conceito, aperfeiçoou a criação.



Somos assim, humanos, dotados de uma capacidade individual sobre o conceito das coisas. Cada indivíduo tem seu próprio conceito sobre o universo, a natureza,  vida, amor, ciência, política, espiritualidade, Deus... Enfim, sobre todas as coisas reais ou imaginárias. Se nossos antepassados tivessem dependido apenas dos conceitos formados por pequenos grupos de indivíduos, ainda estaríamos vivendo em cavernas com meia dúzia de ferramentas e comendo carne crua por desconhecer a origem do fogo.


O que sabemos vem através dos conhecimentos que nos foram passados e seus autores viveram anos em estudos, pesquisas e experiências. Formaram seus conceitos para que fosse aproveitados pela humanidade em seu curso na evolução. Baseados no que nos foi passado, devemos sempre procurar uma resposta a mais, através de nosso próprios conceitos. Pois no universos e suas coisas, pouco é conclusivo e tudo é possível.


O PRECONCEITO


O conceito, um entendimento formado na mente, de uma forma profunda através de estudos, observações, pesquisas e experiências têm como seu vizinho um sentimento oposto. O preconceito (prefixo pré e conceito), um juízo preconcebido baseado apenas em simples medos, antipatias, boatos, suposições, superstições, opiniões, difamações, maledicências... Empregado com palavras pejorativas contra grupos ou pessoas diferentes principalmente na classe social, racial ou sexual. O preconceito, no Brasil , é crime. Freud atribuía o preconceito principalmente ao domínio da crença e do medo irracional que o preconceituoso sente com relação ao estereótipo por ele criado.
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